A música sempre foi usada para expressar as verdades de cada alma e os mais jovens sentem mais fundo essa necessidade de se mostrar através da arte. Não foi diferente com a juventude do final dos anos 60, eles buscavam uma identidade musical, apesar de gostarem dos sucessos da época por serem bem feitos e caprichados. O problema é que as letras eram sofridas, do tipo: ”Se eu morresse amanhã de amanhã, não faria falta a ninguém.” ou “... garçom me deixe comigo que a mágoa que eu tenho é só minha.”. Era uma juventude alegre que queria se expressar,surge,por isso, a Bossa Nova com letras leves,doces,que retratavam as belezas daquelas almas,as almas de pessoas como Tom Jobim,João Gilberto e Vinícius de Moraes.
Foi encontrada a tal identidade musical e eles cantavam: ”Era uma vez um lobo mau que resolveu jantar alguém.”, “Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver.” ou até “Dia de luz, festa de sol, e um barquinho a deslizar no macio azul do mar.”. Era o retrato de tantas jovens almas.
Mais de 50 ANOS se passaram, e por mais que digamos que a bossa, hoje, é velha, nós protestamos, já que em toda a sua história sofreu diversas influências do samba, bolero, jazz e até dos musicais norte-americanos e assim foi se adaptando sem morrer. Hoje continuam sendo gravadas por outros artistas e em outros ritmos não perdendo a essência e é tão atual justamente por isso e marcou tanto por isso.”...fundamental é mesmo o amor e é impossível ser feliz sozinho...”. Esse trecho foi escrito por Tom Jobim em 1977 e cantado por muitos artistas durante todo esse tempo e é muito mais lembrado na atualidade do que o sucesso “Equalize” da cantora Pitty, por exemplo, que foi escrito há bem menos de 10 anos.
Não resta dúvida, a Bossa é, de fato, Nova, desde sempre, há mais de 50 ANOS.
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